Publicado originalmente como folhetim entre 1886 e 1891 e espécie de desdobramento de Memórias Póstumas de Brás Cubas, este romance investiga, entre "morangos adúlteros" e "olhos amotinados", os efeitos práticos do humanitismo na vida do enfermeiro, discípulo e herdeiro do homem que, além de dar nome ao livro e ao cão, pariu esse arremedo de positivismo e darwinismo social. Pedro Rubião de Alvarenga é um homem vitimado pelo próprio provincianismo e falta de traquejo social. Um homem transformado em objeto do homem. Narrado numa terceira pessoa pouco comum na obra de Machado, Quincas Borba é um marco no chamado período realista do escritor, sempre com aquela ironia que, como escreveu Austregésilo de Athayde, "provoca esses sorrisos em que os músculos da face se contraem numa expressão indecisa que mais tem de amargura".