Identificar a causa de uma dor nem sempre é possível, pois a avaliação da intensidade de dor começa no autorrelato do paciente, e este contêm diversos vieses psicologicamente construídos ao longo da vida frente às diversas experiências e diferentes dores. Por isso, a epidemiologia considera aspectos individuais, econômicos e sociais para o estudo da dor, em virtude da subjetividade dos sintomas e da divergência de avaliações e diagnósticos. No cenário científico, a prevalência de dor também é controversa nos estudos, devido às diferenças em termos de definição de um episódio de dor e de estabelecimento de um diagnóstico, pois existem variações de caso para caso, considerando a cronificação, a intensidade, o tipo de dor, o tecido envolvido e aspectos biopsicossociais. Nesse contexto, a abordagem a um paciente pode ser determinante no sucesso do manejo clínico.