Para analisar o fenômeno observado nas redes de varejo de moda, que frequentemente fazem uso de referências de estilo conceitual apresentadas pelas marcas de luxo em semanas de moda para desenvolver coleções comerciais, adotamos a perspectiva de apropriação, admitindo que haveria um processo de adaptação inerente, gerando assim um novo produto. Colaboram com a hipótese apresentada, os conceitos de cultura material com foco na importância do consumo e das materialidades para compreender as dimensões da vida social; as relações de estratégia e tática existentes na idealização da moda e adaptação para a apropriação das condutas do que é fashion; a concepção ocidental da moda para compreender o modelo estruturado na metade do século XIX que constituiu o modelo em vigor; e a concepção de identidade na pós-modernidade, em uma análise de como as transformações promovidas no final do século XX abalaram a perspectiva de identidade unificada fazendo prosperar a noção de multiplicidade identitária.